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23.05.2010 01:50h
Artigo do presidente da OAB/RS: Eleições e a evolução democrática
23/05/2010 01:50h
http://bit.ly/ONfa4Z
O jornal Correio do Povo publicou neste domingo (23), na coluna In verbis, artigo do presidente da Ordem gaúcha, Claudio Lamachia.
O Brasil já se encontra em aberto território eleitoral. As costuras políticas ponteiam as páginas e espaços da mídia com suas coligações e candidaturas. Eventuais propagandas irregulares originam protestos e processos enquanto as peças no tabuleiro político parecem ganhar vida própria com variadas ações rumo ao poder.
As pesquisas eleitorais alimentam os debates que começam a surgir não apenas em gabinetes e nos bastidores, mas também nas conversas de bares e nas ruas. É o inquieto e saudável movimento da democracia em pleno ritmo de crescimento. Há, porém, os perigos de sempre, como a corrupção, e a sociedade precisa estar consciente de que esta agitação culmina com a eleição de outubro deste ano, quando serão escolhidos os mandatários dos cargos políticos. E é aí que a escolha final do eleitor faz toda a diferença, pois do seu voto dependerão os destinos do país.
A classe política brasileira vem somando um indesejável e alarmante descrédito por parte da população, a esta altura cansada e enauseada com a sucessão de escândalos que pipocam a cada dia em diferentes escalões e setores da vida pública. Todos sabem que a rapinagem com o dinheiro do povo e a crise ética sem precedentes que temos vivenciado precisam acabar. Da mesma forma, sabe-se que o voto consciente é uma arma capaz de frear ou mesmo eliminar os malfadados desvios de conduta a partir da escolha de autoridades verdadeiramente comprometidas com a ética e o desenvolvimento socioeconômico do país.
A necessária depuração dos candidatos começa com a rigorosa seleção de currículos compatíveis com a idoneidade, a honradez e o inabalável compromisso com o bem-estar da coletividade. Projetos como o Ficha Limpa podem atenuar e até mesmo impedir o avanço de candidatos desonestos, mas não resolvem por completo as distorções estruturais ainda vigentes na organização político-partidária do Brasil.
O antídoto mais adequado para esses problemas seria uma ampla reforma política, que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) defende, mas nossos parlamentares, de uma forma ou de outra, dão um jeito de adiá-la sempre que ela entra na pauta dos seus trabalhos, já nesta altura conferindo-lhe o perfil de tema-tabu. É uma atitude lamentável para todos, pois se trata de um assunto a ser resolvido com urgência para que a sociedade, em debate com as suas instituições e os agentes públicos, possa definir os melhores rumos para o gerenciamento político nacional.
"Voto não tem preço; tem consequência", diz o slogan da campanha permanente da OAB e de suas 27 seccionais em todo o país. Significa dizer que a entidade está bem atenta ao andar eleitoral e reunirá esforços de seus 700 mil filiados para que os cidadãos se conscientizem cada vez mais da importância de votar com sabedoria e a convicção de estarem promovendo o bem comum. Também é da democracia e missão da Ordem apoiar e estimular a conscientização de uma sociedade que precisa e merece alcançar patamares mais altos na escala dos princípios que podem levá-la a um futuro melhor em todos os sentidos.
O Brasil já se encontra em aberto território eleitoral. As costuras políticas ponteiam as páginas e espaços da mídia com suas coligações e candidaturas. Eventuais propagandas irregulares originam protestos e processos enquanto as peças no tabuleiro político parecem ganhar vida própria com variadas ações rumo ao poder.
As pesquisas eleitorais alimentam os debates que começam a surgir não apenas em gabinetes e nos bastidores, mas também nas conversas de bares e nas ruas. É o inquieto e saudável movimento da democracia em pleno ritmo de crescimento. Há, porém, os perigos de sempre, como a corrupção, e a sociedade precisa estar consciente de que esta agitação culmina com a eleição de outubro deste ano, quando serão escolhidos os mandatários dos cargos políticos. E é aí que a escolha final do eleitor faz toda a diferença, pois do seu voto dependerão os destinos do país.
A classe política brasileira vem somando um indesejável e alarmante descrédito por parte da população, a esta altura cansada e enauseada com a sucessão de escândalos que pipocam a cada dia em diferentes escalões e setores da vida pública. Todos sabem que a rapinagem com o dinheiro do povo e a crise ética sem precedentes que temos vivenciado precisam acabar. Da mesma forma, sabe-se que o voto consciente é uma arma capaz de frear ou mesmo eliminar os malfadados desvios de conduta a partir da escolha de autoridades verdadeiramente comprometidas com a ética e o desenvolvimento socioeconômico do país.
A necessária depuração dos candidatos começa com a rigorosa seleção de currículos compatíveis com a idoneidade, a honradez e o inabalável compromisso com o bem-estar da coletividade. Projetos como o Ficha Limpa podem atenuar e até mesmo impedir o avanço de candidatos desonestos, mas não resolvem por completo as distorções estruturais ainda vigentes na organização político-partidária do Brasil.
O antídoto mais adequado para esses problemas seria uma ampla reforma política, que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) defende, mas nossos parlamentares, de uma forma ou de outra, dão um jeito de adiá-la sempre que ela entra na pauta dos seus trabalhos, já nesta altura conferindo-lhe o perfil de tema-tabu. É uma atitude lamentável para todos, pois se trata de um assunto a ser resolvido com urgência para que a sociedade, em debate com as suas instituições e os agentes públicos, possa definir os melhores rumos para o gerenciamento político nacional.
"Voto não tem preço; tem consequência", diz o slogan da campanha permanente da OAB e de suas 27 seccionais em todo o país. Significa dizer que a entidade está bem atenta ao andar eleitoral e reunirá esforços de seus 700 mil filiados para que os cidadãos se conscientizem cada vez mais da importância de votar com sabedoria e a convicção de estarem promovendo o bem comum. Também é da democracia e missão da Ordem apoiar e estimular a conscientização de uma sociedade que precisa e merece alcançar patamares mais altos na escala dos princípios que podem levá-la a um futuro melhor em todos os sentidos.
23/05/2010 01:50h