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OAB Montenegro recebe denúncias de exploração sexual infantil

13/05/2011 15:51h

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Objetivo é auxiliar o trabalho do Conselho Tutelar da cidade

A OAB Montenegro, por meio da sua Comissão de Direitos Humanos, recebe denúncias de exploração sexual infantil, com o objetivo de auxiliar o trabalho do Conselho Tutelar da cidade.

Dados do órgão revelam uma situação bastante triste. Nos últimos seis meses, o Conselho Tutelar registrou 40 casos de exploração sexual infantil, fazendo com que o município, proporcionalmente, tenha um dos maiores índices do Estado. O abuso sexual na cidade se equipara tanto a meninas como a meninos. A maior parte das vítimas sofre abuso dentro de casa. “Ou é o pai, o padrasto, o avô”, disse a conselheira tutelar Leila Temes. Na maioria das vezes, são as escolas que denunciam os casos ao Conselho Tutelar. “Há casos em que o aluno é infrequente e a escola nos comunica”, destacou a conselheira tutelar Josiane Paz.

Na última semana, as conselheiras participaram do Seminário Contra a Exploração Sexual Infantil, promovido pela Igreja Evangélica Rios de Vida, de Montenegro. Entre os palestrantes, estava o casal Marga e Elisson Figueiró. Eles passaram 14 meses em La Paz, na Bolívia, estudando na prática o assunto com crianças de rua. A cidade tem cerca de 6.000 crianças nas ruas. Muitas delas foram abusadas sexualmente e, por esse motivo, preferem ficar perambulando a voltar para casa onde foram violentadas. Figueiró lembrou que a exploração sexual causa dano físico, emocional e espiritual na criança. O seminarista disse que algumas das formas dos familiares reconhecerem se uma criança sofreu ou está sofrendo abuso é observar se o menor apresenta agressividade; mau humor; apego excessivo aos pais; pronuncia frases autodestrutivas; tem mudanças repentinas e inesperadas de atitudes; comportamento hiperativo ou demolidor.

A psicóloga Suélen Rutsatz ressaltou que a melhor forma de evitar o abuso é os pais falarem sobre sexualidade com a criança entre 2 e 3 anos de idade. “Os pais devem explicar para o filho sobre o que é homem e o que é a mulher, e as partes do corpo onde pode tocar e onde não pode”, explicou.

Além da OAB Montenegro, as denúncias podem ser feitas no Conselho Tutelar, telefone (51) 97079723, ou à Delegacia de Polícia, 3632-1111, e podem ser anônimas. “Na própria Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) existe uma comissão especial que trata do assunto e
à que as pessoas podem recorrer”, informou o advogado Glauco dos Reis da Silva. Conforme ele, a pena do abusador é uma das mais altas previstas no Código Penal Brasileiro. "Pode chegar há mais de 30 anos em caso de morte", salientou.

Com informações do Jornal Ibiá

13/05/2011 15:51h



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