Pleno do CFOAB faz minuto de silêncio pelo falecimento de Brossard
13/04/2015 11:18h
Neste domingo (12), durante sessão extraordinária, Lamachia prestou homenagem ao advogado gaúcho de 90 anos: “Brossard deixa um legado jurídico e político de muita dignidade”.
O Pleno do Conselho Federal da OAB, reunido em sessão extraordinária, neste domingo (12), em Brasília, prestou homenagem ao jurista Paulo Brossard de Souza Pinto, falecido na manhã de hoje, em Porto Alegre, aos 90 anos de idade. Na ocasião, também foi aprovada uma moção de pesar aos familiares.
“Trata-se de uma grande perda para toda a advocacia brasileira. Brossard, além de um advogado brilhante, honrou a advocacia enquanto atuava na vida pública da nação”, destacou o presidente do CFOAB, Marcus Vinicius Furtado Coêlho.
O vice-presidente nacional da entidade e ex-presidente da OAB/RS, Claudio Lamachia, ressaltou que, além da irreparável perda para o Brasil e para a sociedade, a advocacia está de luto pelo falecimento de um grande advogado e homem público que sempre dignificou a classe com sua atuação profissional. “Brossard deixa um legado jurídico e político de muita dignidade. O momento é de grande perda pessoal e familiar pela histórica amizade que sempre tivemos”, frisou Lamachia, que deixou a sessão do Pleno do CFOAB e seguiu para Porto Alegre para acompanhar os atos fúnebres.
O conselheiro federal pela OAB/RS, Renato da Costa Figueira, prestou uma emocionada homenagem ao colega advogado, que fora seu professor. “Para falar sobre Brossard é necessário o tempo de uma solenidade, tamanha a sua contribuição para a advocacia e para a sociedade brasileira. Sua vida pública é um exemplo a ser seguido”, afirmou Figueira.
O advogado e o homem público
Advogado formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1947, foi eleito deputado federal em 1954, sendo reeleito por mais duas ocasiões. Em 1964, foi secretário de Justiça do Rio Grande do Sul.
Em 1974, é eleito ao Senado. Em seu primeiro discurso enfrentou os militares: "Fui eleito por oito anos, no entanto, meu mandato pode durar oito meses". Parou, olhou para os lados, para cima, para baixo e continuou: "Ou oito semanas". E repetiu o mesmo gesto, como quem diz: alguém objeta, alguém quer um aparte? E seguiu: "Ou oito dias, ou oito horas. Mas enquanto estiver aqui, não pedirei licença a ninguém para dizer aquilo que entendo que deva dizer. Entenderam?"
Em 1985, atuou como consultor-geral da República, integrando a comissão que elaborou o anteprojeto constitucional que servira de subsídio à Assembleia Constituinte. No ano seguinte é convidado para o cargo de ministro da Justiça e, em 1989, é indicado ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal.
Em 1994 retorna à Porto Alegre e à advocacia, mantendo-se constantemente presente aos acontecimentos políticos nacionais, atuando como articulista frequente dos principais jornais do país.
Com informações do CFOAB
13/04/2015 11:18h