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OAB/RS debate o cenário estadual da violência contra as mulheres

19/03/2015 21:43h

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Na última década, o Brasil sofreu com o alto número de assassinatos de mulheres. Apenas neste período, foram registrados cerca de 43,7 mil casos, totalizando 92 mil entre 1980 e 2010.

Na última década, o Brasil sofreu com o alto número de assassinatos de mulheres. Apenas neste período, foram registrados cerca de 43,7 mil casos, totalizando 92 mil entre 1980 a 2010. Este cenário e também as conquistas registradas na área foram o foco da palestra da perita criminal do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Andrea Brochier Machado.

O painel, ocorrido na noite desta quita-feira (19), na sede da OAB/RS, é uma realização da Comissão da Mulher Advogada (CMA) alusiva ao Dia Internacional da Mulher e que integra a campanha “Semana pela Paz em Casa”. A Ordem gaúcha também já havia participado, no Dia Internacional da Mulher, de iniciativa contra a violência doméstica, na redenção, em Porto Alegre.

A presidente da Comissão da Mulher Advogada, conselheira seccional Delma Ibias, frisou que, conforme estimativa da Organização das Nações Unidas (ONU), 70% das mulheres sofrerão algum tipo de violência ao longo de suas vidas. “É necessário debatermos estes temas. Acredito que temos conquistas recentes que precisam ser comemoradas, todavia, ainda é preciso evoluir em questões fundamentais, como a qualificação no atendimento diário de quem foi violada”, finalizou.

A secretária-geral adjunta da Ordem gaúcha, Maria Cristina Carrion Vidal de Olivera, lembrou a preocupação da OAB/RS com a valorização da mulher em sua instituição. “Atualmente a OAB aprovou a cota de 30% de gênero na composição das chapas das eleições. Esta iniciativa é fundamental para a valorização da mulher e a consolidação da igualdade. Atualmente, dos mais de 850 mil inscritos na OAB, 51% são do gênero feminino”, frisou.

Andrea colocou em pauta as mudanças realizadas nos últimos anos na perícia criminal do RS, graças à adaptação do Protocolo Internacional de Investigação de Mortes Violentas de Mulheres em Razão de Gênero. “Ao longo de mais de 30 anos na IGP conheci todas as realidades do Estado, que na maioria das ocasiões é deplorável para a mulher, sem nenhuma dignidade para exames de corpo e delito”, ressaltou.

A palestrante apontou a grande mudança de paradigma no ano de 2012, a partir do projeto “sala lilás”. “Montamos um espaço exclusivo para as mulheres, onde elas não têm nenhum contato com o seu agressor. Esta iniciativa demonstra o nosso pensamento de um atendimento humanizado. Houve uma mudança de paradigmas”, argumentou.

No total, já são nove “salas lilás” em todo o Estado. Ao longo deste período, já foram realizados 18 mil atendimentos. “Lá tratamos todos os tipos de agressões, pois a psicológica é muito mais arrasadora do que a física. Este é um espaço onde todos estes aspectos são verificados. É o momento em que as mulheres estão mais vulneráveis, por isto a importância de um acolhimento diferenciado”, frisou.

Também estiveram presentes o promotor de Justiça, João Pedro de Freitas Xavier, e a diretora do IBDFAM/RS, Denise Franke.

João Henrique Willrich
Jornalista – MTB 16.715

19/03/2015 21:43h



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