Segurança Pública: OAB/RS propõe uma frente de trabalho para solução do caos no sistema prisional gaúcho
27/07/2017 17:16h
A OAB/RS propôs a criação de uma frente de trabalho para discutir a crise da falta de vagas no sistema prisional, nesta quinta-feira (27), num encontro entre o presidente da Ordem gaúcha, Ricardo Breier, e lideranças da segurança pública do Estado, na seccional. Segundo o dirigente, a medida tem o objetivo de garantir a segurança da sociedade civil, dos policiais e o realojamento correto dos detentos nas penitenciárias.
A ideia é reunir instituições como: o Tribunal de Justiça, o Ministério Público, a Defensoria Pública, as associações, as entidades da segurança pública e o Governo estadual. Para o dirigente, a iniciativa da Ordem acredita que é com a interlocução, com o diálogo e com o trabalho em conjunto que medidas serão encontradas para garantir a segurança da população, colocando o fim no que chamou de “caos social”.
Segundo o presidente da OAB/RS, a necessidade de uma interlocução urgente entre os poderes e o Governo estadual dará início ao encontro de soluções para o problema: “Está mais do que na hora de termos, em conjunto, este debate com os poderes, para que todos possam colaborar com sua parte, com ações pontuais”, explicou Breier.
Durante o encontro, o vice-presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Rio Grande do Sul (Asdep), Wilson Muller Rodrigues, afirmou que a responsabilidade pelas melhorias no sistema prisional gaúcho é de todos. Por outro lado, o presidente do Sindicato de Escrivães, Inspetores e Investigadores de Polícia do RS (Urgeim), Isaac Lopes Ortiz, contou que não há mais onde colocar presos e que medidas urgentes precisam ser tomadas: “Muitos mandados não estão sendo cumpridos pela falta de vagas. Acreditamos que a iniciativa da OAB/RS será o início da resolução do problema”, disse.
Crise
Na última semana, com a falta de vagas nos presídios, as delegacias da região metropolitana estão detendo presos em viaturas, por não ter mais espaço nas celas. Em Gravataí, por exemplo, há mais de 20 presos de forma irregular, sendo que a capacidade da delegacia é de apenas seis detenções.
Presenças
Também participaram da reunião, a coordenadora-geral da Comissão de Direitos Humanos da OAB/RS, Neusa Bastos; o conselheiro deliberativo da ASDEP, Cleiton Freitas; o vice-presidente da UGEIRM, Fábio Castro; o diretor de assuntos intersindicais da UGEIRM, Pablo Mesquita.
Caroline Tatsch
Jornalista
27/07/2017 17:16h